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5.ª Bienal Jorge Lima Barreto

2024/06/25

A 5.ª edição da Bienal Jorge Lima Barreto, a decorrer nos dias 12 e 13 de julho, contará com a participação de um conjunto notável de artistas. Entre eles, a investigadora e curadora Raquel Castro, o diretor teatral João Garcia Miguel, e o versátil músico Vítor Rua. O evento incluirá ainda apresentações do trio de percussão e sintetizador composto por Alexandre Oliveira, Zé Barros e Esio Buklaha, além da interpretação poética de Luís Lima Barreto. O guitarrista Tó Trips e os artistas Ilda Teresa Castro e Hernâni Faustino apresentarão suas colaborações musicais. Encerrando a programação, a banda Clementine trará a energia do movimento riot girl e punk para o palco.



cartaz bienal jbl 2024

 

BIENAL JLB 2024

Programação

DIA 12 - 15:00 - ABERTURA DA BIENAL

Com a presença do executivo da Câmara de Vinhais, Luís Lima Barreto e Vítor Rua

 

15:30 - Conferência pela Raquel Castro - “O Silêncio de um Povo: Homenagem Sónica aos cinquenta anos do 25 de Abril”

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Raquel Castro é investigadora, curadora e realizadora. Fundadora e diretora do festival de arte sonora Lisboa Soa e do simpósio internacional Invisible Places, é doutorada em Comunicação e Artes pela Universidade Nova de Lisboa e investigadora integrada do CICANT - Centro de Investigação em Comunicações Aplicadas, Cultura e Novas Tecnologias. É docente na Universidade Lusófona de Lisboa no âmbito da licenciatura em Ciências e Tecnologias do Som. Foi a curadora do ciclo Sound Art in Public Spaces do projeto europeu Sounds Now, para os festivais de música contemporânea Wilde Westen (Korttrijk, Bélgica), November Music (Den Bosch, Países Baixos), Spor Festival (Aarhus, Dinamarca), Ultima Olso (Noruega), bem como da exposição Sonic Gardens para o Onassis Stegi, em Atenas. Participou ainda como curadora convidada no festival Tsonami (Valparaíso, Chile). Colabora regularmente com outras organizações, artistas e festivais.

As suas atividades enquanto investigadora e curadora resultaram em diferentes documentários, como Soundwalkers (2008) e SOA (2020), onde entrevistas, arte e ambientes sonoros se combinam para alargar a consciência sobre som. SOA foi exibido pela RTP2 na versão série e pela Netflix, no formato longa-metragem. Os seus contributos valeram-lhe amplo reconhecimento internacional: em Março de 2023, foi nomeada Presidente do Conselho Executivo do World Forum for Acoustic Ecology, associação internacional de organizações afiliadas e indivíduos que partilham uma preocupação com a qualidade das paisagens sonoras do mundo.

Em 2022, Castro fundou a associação cultural Sonora, com a qual cria e a produz projetos transdisciplinares no cruzamento entre arte, ciência, ecologia e som.

21:30 - “ODE MARÍTIMA”: Uma criação d'A Companhia João Garcia Miguel

A partir da obra Ode Marítima de Álvaro de Campos, com encenação e interpretação de João

Garcia Miguel e criação e composição musical de Vítor Rua. Uma proposta teatral em que os principais elementos são o som, a luz, o vídeo, a espacialização cénica e a eterna ironia.

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João Garcia Miguel, Director Teatral, Artista Visual, Escritor, Performer e Investigador, inicia nos anos 80 um percurso interdisciplinar - percorrendo expressões artísticas como a música, a pintura, a instalação, a performance, o vídeo e a escrita. Fundou organizações que se apresentaram como alternativas ao estado vigente e institucional das artes. Iniciador dos colectivos artísticos: Canibalismo Cósmico, Galeria Zé dos Bois e OLHO - Grupo de Teatro. Em 2003 funda a Cia. JGM e inicia percurso como artista-cientista. Abre em Lisboa, o “Espaço do Urso e dos Anjos” dedicado à formação e divulgação das artes performativas. Em 2008 é nomeado Director Artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras cargo que exerce até hoje. É associado do Actor’s Center de Roma e Milão, Itália. Em 2013 leva a sua Cia. para residir na cidade de Torres Vedras abrindo o multidisciplinar Espaço Coisa.

Desde 2002 desenvolve investigação académica em artes performativas e visuais, primeiro no ISCTE, depois na Universidade de Alcala de Henares, na Universidade de Granada e agora na FBAUL, Faculdades de Belas Artes de Lisboa. A sua tese de doutoramento centra-se sobre a génese da performance arte e o surgimento do conceito de inconsciente. Foi docente do ensino politécnico na ESAD – Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha entre 2002 e 2010 e é desde 2013 professor convidado na Universidade Lusófona de Lisboa e do Porto. Em 2008 recebe o Prémio FAD Sebastià Gasch em Espanha. Em 2014 recebe o prémio para a melhor encenação teatral em Portugal de 2013 com o espectáculo Yerma de Federico Garcia Lorca pela SPA - Sociedade Portuguesa de Autores. Tem apresentado o seu trabalho em África, América Latina, Ásia e Europa.

DIA 13 - 21:00

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Música: Cardeal Polatuo_trio de percussão e sintetizador (Alexandre Oliveira e Zé Barros: percussão; Esio Buklaha: sintetizador

 

DIA 13 - 21:20

POESIA: LUÍS LIMA BARRETO LÊ POEMAS DE RUI BELO

Acompanhado à guitarra electrónica por Vítor Rua

 

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Luís Lima Barreto, Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa (1968), professor do Ensino Secundário, paralelamente à sua actividade de actor, foi na universidade que começou a fazer teatro. Profissionalmente estreou-se no Teatro Experimental de Cascais, onde ingressou em 1967. Ao cinema só acedeu nos anos 80.

Luís Lima Barreto integrou o elenco de actores regular da prestigiada companhia de Teatro da Cornucópia, que levou ao palco textos de alguns dos mais importantes autores e dramaturgos mundiais. No Cinema, colaborou com cineastas como Manoel de Oliveira (“Vale Abraão”, “A Divina Comédia”, “Palavra e Utopia”, entre outros), António Pedro Vasconcelos (“O Lugar do Morto”), Alberto Seixas Santos (“Mal”) ou João Nicolau (“A Espada e a Rosa”).”

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Vítor Rua é uma das figuras-chave da música criativa portuguesa, com uma carreira que abrange uma infinidade de idiomas e estilos - do rock (foi o fundador da banda de sucesso GNR) ao minimalismo, folk, punk, thrash metal, electrónica e música sertaneja à improvisação livre (29 anos com Telectu, seu duo com o pianista e musicólogo Jorge Lima Barreto). Neste mundo trabalhou (entre outros) com Sunny Murray, Gerry Hemingway, Han Bennink, Paul Lytton, Barry Altschul, Gunter Sommer, Chris Cutler, Eddie Prevóst, Louis Sclavis, Jac Berrocal, Carlos “Zíngaro” e Elliott Sharp. No outro mundo, desde 1987, tem-se concentrado mais na composição clássica contemporânea, escrevendo para solistas, grupos de câmara e orquestras. Os intérpretes incluem (entre outros) John Tilbury, Giancarlo Schiaffini, Daniel Kientzy, Peter Rundel, Christian Brancusi e o Remix Ensemble). Escreveu já sete óperas.

DIA 13 - 21:40

TÓ TRIPS APRESENTA “POPULAR JAGUAR”

Um espectáculo de rara beleza, num concerto a Solo intimista

 

 

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Tó Trips, Senhor de uma presença substancial mas nunca impositiva na movida musical deste país, Tó Trips amealha já praticamente quatro décadas de labuta à guitarra, num caso raro de resiliência e constante reinvenção. Com passagem pelos míticos Santa Maria, Gasolina em Teu Ventre e formação dos Lulu Blind, na década de 90, e dos Dead Combo já no início deste século, ao lado do saudoso Pedro Gonçalves, Tó Trips tem-nos deixado um espólio respeitável, que tem sido continuado a solo com uma paciência abençoada. Tendo lançado o seu terceiro álbum em nome próprio no ano transacto - 'Popular Jaguar' pela Revolve -, mediado pela formação do Club Makumba e da criação da banda sonora para 'Surdina' de Rodrigo Areias, oito anos após 'Guitarra Makaka - Danças a um Deus Desconhecido', Trips reafirma a sua linguagem quase intuitiva ao instrumento, capaz de abarcar diversas histórias e latitudes que vão da memória do mestre Paredes às paisagens de Ry Cooder, dos espaços de Ennio Morricone à ginga de Marc Ribot, a esta Lisboa que vai desaparecendo.

DIA 13 - 22:00

ILDA TERESA CASTRO & VÍTOR RUA & HERNÂNI

FAUSTINO APRESENTAM “So Happy Together”

Um concerto de música improvisada não-idiomática

 

 

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Hernâni Faustino depois de se firmar na década de 1980 como contrabaixista de bandas de rock alternativo, como o já lendário K4 Quadrado Azul, Hernani Faustino voltou-se para o jazz de vanguarda e a música improvisada livre e escolheu o contrabaixo como instrumento autodidata. Duas décadas depois de múltiplas interações com músicos portugueses e internacionais, é hoje considerado um dos contrabaixistas mais intensos e sólidos da cena portuguesa. A associação que mantém com o baterista Gabriel Ferrandini (trio RED, Nobuyasu Furuya Trio & Quintet, Rodrigo Amado Wire Quartet) tem sido apontada como uma seção rítmica dinâmica e poderosa. Sua forma de tocar visceral fica bem evidenciada pelas contorções de seu rosto durante uma performance: ele chega aos limites do prazer e da dor.

A música é a sua vida: além de músico, foi um dos membros da editora Clean Feed, considerada uma das cinco mais importantes do planeta no que diz respeito ao jazz, e da Trem Azul Jazz Store, localizada em Lisboa. Também compôs para teatro, produziu programas de rádio e escreveu sobre música em algumas revistas. Boa parte da sua actividade fotográfica é também orientada para a música: Faustino é um dos mais talentosos fotógrafos de palco que existe. Isso diz tudo sobre sua paixão e comprometimento.

É surpreendente os numerosos encontros e colaborações de Hernani Faustino com outros improvisadores: John Butcher, Lotte Anker, Nate Wooley, Carlos “Zíngaro”, Agustí Fernández, Sei Miguel, Rafael Toral, Jason Stein, Nuno Rebelo, Rodrigo Pinheiro, Gabriel Ferrandini, Pedro Sousa, Rodrigo Amado, Albert Cirera, Manuel Mota, Luís Lopes, Paal Nilssen-Love, Jon Irabagon, Peter Evans, Alexander Von Schlippenbach, Taylor Ho Bynum, Gerard Lebik, Piotr Damasiewicz, Harris Eisenstadt, Neil Davidson, Heddy Boubaker, Gerard Lebik, Elliott Levin, Katsura Yamauchi, Mats Gustafsson, Chris Corsano, Nikolaus Gerszewski, Rob Mazurek, Reinhold Friedl, Ernesto Rodrigues, José Oliveira, Helena Espvall, Nuno Torres, Ricardo Jacinto, Blaise Siwula, Virginia Genta, Elliott Levin, Daniel Carter, Federico Ughi, Floros Floridis, Matt Bauder, Dennis González, Vítor Rua, e muitos mais, abrangendo uma vasta gama do free bop à experimentação extrema, passando pela improvisação electroacústica, reducionismo e ruído.

 

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Ilda Teresa de Castro é artista, investigadora e programadora.

Enquanto música tocou em vários concertos nacionais e internacionais em Telectu, desde 2018 e em diversos projectos em The Banksy´s desde 2019.

Enquanto designer e fotógrafa, publica em jornais, revistas e livros, desde 1991. Artista convidada do Mecónio#3, ed. Dark Owl_ (2022). Autora de 100 desenhos para 100 estórias de Vítor Rua, em Eu Só Queria Dizer O Seguinte, ed. 9musas (2022) e da capa do catálogo uma caixa aberta ao céu, ed. VideoBox da Ev.Ex. Évora Experimental (2022). Enquanto ecoartista desenvolve projetos multidisciplinares num cruzamento entre arte, ecologia e ciência, com enfoque nos domínios ecocritico, ambiental e animal, desde 2006. Os seus ecofilmes foram exibidos em ecofestivais e ecoconferências na Amazónia (Brasil), Panjim (Goa), Cidade do México (México), Porto, Lisboa e Colares (Portugal), desde 2014.

Em 2022 co-realizou o documentário SONOSFERA TELECTU, que mereceu MENÇÃO ESPECIAL do Júri do Indie Music do 19º Festival Internacional Indie Lisboa 2022. Exibido em 2022 no Indie Lisboa_ Cinemateca _ Film Diary NYC _ e Festival Sonica Ekrano.

É fundadora e editora da plataforma e revista animalia vegetalia mineralia – ecomedia, ecocinema e ecocritica – http://www.animaliavegetaliamineralia.org.

Programadora de cinema e vídeo entre 1995 e 2003 em Lisboa, apresentou programas na Accatone, Paris (2000) e no Art Film Festival Trensianske Teplice, Eslováquia (1998). Em 2020 criou o Festival Ecovideo Lisboa Natura e o Arquivo Ecovideográfico Lisboa Natura.

É autora de uma trilogia em livro sobre o cinema português (1999 – 2004), Curtas Metragens Portuguesas (1999), Cineastas Portuguesas 1946-2000 (2001) e Animação Portuguesa (2004). É autora do livro ecocritico Eu Animal − argumentos para uma mudança de paradigma – cinema e ecologia (2015).

DIA 13 - 22:20

CLEMENTINE APRESENTAM “Motorhome”

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A banda Clementine surgiu em meados de 2015 em Lisboa, quando Shelley Barradas (a.k.a.
Frankie Wolf) e Helena Fagundes (a.k.a. Lena Huracán), que já
haviam participado juntas em outros projetos musicais, como Vaiapraia ou The Dirty Coal Train, decidiram dar vazão às suas apaixonadas referências por bandas do movimento riot girl, como Bikini Kill e Sleater-Kinney, tanto como por clássicos ou nova guarda do punk, ou pós-punk, entre outras.
A banda teve um hiato entre 2017 e 2018, em que tanto Shelley Barradas quanto Helena se dedicaram a outros projetos e trabalhos. O retorno da banda
aconteceu no IndieLisboa 2019, com participação no filme Ela É Uma Música, de Francisca Marvão, e um concerto no evento do festival de cinema. No mesmo ano, Clementine voltou ao ativo, e deixou de ser um duo para ser agora um power trio, com a chegada da baixista Chris Bernardes.
 

Em 2020, lançado o álbum “Motorhome”, com 7 músicas inéditas e uma versão remix de “Absolute Demolition”, gravado por Gonçalo Formiga, dos Cave Story, e mixado pela baterista Helena Fagundes. A curta-metragem Ruby, de Mariana Gaivão teve estreia, com duas músicas das Clementine em sua banda sonora: “Hell On Wheels” e “Absolute Demolition”. Em 2021, foram convidadas pelo conceituado realizador brasileiro Raul Machado a participar do The Quarantine Experience, projeto de vídeo musicais feitos a distância durante a pandemia. Na altura, lançaram o video clipe da música “Dry Martini”, inspirada na receita perfeita de Luis Buñuel para o drink. Em 2022, participaram da 8ª edição do SuperBock Super Nova, que realizou concertos ao lado de Tó Trips e Unsafe Space Garden, nas casas mais importantes de cidades portuguesas como Maus Hábitos (Porto), Sociedade Harmonia Eborense (Évora), Sterogun (Leiria), Salão Brazil (Coimbra), Carmo 88 (Viseu) e Gretua (Aveiro).