5ª Bienal Jorge Lima Barreto: Arte e Inovação em Homenagem à Vanguarda

A 5ª edição da Bienal Jorge Lima Barreto teve lugar nos dias 12 e 13 de julho de 2024, reunindo um notável conjunto de artistas e colaboradores em Vinhais, com sessões realizadas no Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais. O evento prestou uma homenagem vibrante ao legado de Jorge Lima Barreto, promovendo apresentações que exploraram a intersecção entre música, poesia e performance.

A abertura da Bienal ocorreu na tarde do dia 12 de julho, com uma cerimónia liderada por Luís Fernandes, Presidente da Câmara Municipal de Vinhais, e contou com as presenças de Vítor Rua e Luís Lima Barreto, que representaram a família e o legado artístico de Jorge Lima Barreto. Entre o público, estiveram familiares e amigos do homenageado, além dos artistas que enriqueceram o evento com performances únicas.

Conferência e Homenagem ao 25 de Abril

Na sequência da cerimónia de abertura, a investigadora e curadora Raquel Castro conduziu a conferência "O Silêncio de um Povo: Homenagem Sónica aos 50 anos do 25 de Abril". A apresentação destacou a importância do som e do silêncio como formas de memória coletiva, homenageando o marco histórico da Revolução dos Cravos.

Espetáculo Teatral - "ODE Marítima"

Na noite do mesmo dia, o público assistiu à criação teatral “ODE Marítima”, apresentada pela Companhia João Garcia Miguel. Esta performance trouxe ao palco uma interpretação sensível e provocadora do poema de Fernando Pessoa, que reflete as ansiedades e os anseios humanos.

Visita à Casa da Família Lima Barreto

No decorrer do evento, houve também uma visita à Casa da Família Lima Barreto, um espaço que foi gentilmente cedido ao município de Vinhais. A residência abrigará a futura Casa Dr. Lima Barreto, destinada a ser um centro cultural dedicado à memória e às obras do homenageado, reforçando o compromisso da Bienal com a preservação e divulgação da cultura local.

Performances Musicais e Poéticas

O evento contou com a participação do Cardeal Polatuo, um trio de percussão e sintetizador composto por Alexandre Oliveira, Zé Barros e Esio Buklaha. O trio levou ao palco uma experiência sonora imersiva, explorando ritmos e timbres que evocam o experimentalismo musical, marca registada de Barreto.

Num momento de intensidade, Luís Lima Barreto recitou poemas de Ruy Belo, acompanhado pela guitarra eletrónica de Vítor Rua. A combinação de poesia e música foi um momento emocionante para o público.

A colaboração entre Ilda Teresa Castro, Vítor Rua e Hernâni Faustino trouxe à cena "So Happy Together", uma performance musical que integrou experimentalismo e sensibilidade, enquanto Tó Trips apresentou o espetáculo "POPULAR JAGUAR", um concerto solo intimista e marcante que ressaltou a originalidade de sua abordagem musical.

A noite foi ainda abrilhantada pela performance da banda Clementine, que fechou a bienal em grande estilo.

A 5ª Bienal Jorge Lima Barreto reafirmou a sua relevância cultural, proporcionando ao público uma vivência rica e multifacetada que honrou o legado do homenageado através de expressões artísticas de altíssima qualidade.